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Fitoterapia dermatológica em cães e gatos: plantas medicinais para pele e pelagem

Conheça os principais fitoterápicos utilizados nos tratamentos dermatológicos e como aplicá-los na prática veterinária


🔹 Introdução

A dermatologia é uma das áreas mais desafiadoras na clínica de pequenos animais. Casos recorrentes de dermatites, prurido, infecções secundárias e feridas de difícil cicatrização fazem parte da rotina clínica — e nem sempre respondem bem aos tratamentos convencionais.


A fitoterapia surge como um recurso terapêutico seguro, acessível e eficaz para auxiliar no controle das afecções dermatológicas e no estímulo à regeneração da pele e da pelagem. Neste artigo, você vai conhecer as plantas medicinais mais utilizadas em cães e gatos com problemas de pele e como prescrevê-las com segurança.

🔸 Conceitos: por que usar fitoterápicos na dermatologia?

As plantas medicinais oferecem ações:

  • Anti-inflamatória

  • Antimicrobiana

  • Cicatrizante

  • Calmante

  • Regeneradora da barreira cutânea

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Essas ações, combinadas, auxiliam no controle dos sintomas, redução do uso prolongado de corticoides e na melhora estética e funcional da pele e do pelo.


🔸 Classificações de plantas com ação dermatológica

Planta Medicinal

Ação Principal

Uso sugerido

Calendula officinalis

Cicatrizante e anti-inflamatória

Pomadas, cremes, tinturas tópicas

Chamomilla recutita

Calmante e antipruriginosa

Infusão ou extrato para banhos

Urtica urens

Antialérgica e imunomoduladora

Uso oral em casos de alergia cutânea

Aloe vera

Regeneradora e hidratante

Gel natural em queimaduras e feridas

Melaleuca alternifolia

Antisséptica e antifúngica

Uso tópico diluído em infecções leves


🔸 Interpretações e exemplos clínicos

✅ Dermatite alérgica

Uso oral de Urtica urens + aplicação tópica de Calendula 

Objetivo: controle do prurido e regeneração da barreira cutânea


✅ Feridas crônicas ou cirúrgicas

Uso tópico de gel de Aloe vera e compressas de Chamomilla 

Objetivo: reduzir inflamação e acelerar cicatrização


✅ Infecções secundárias leves

Pomadas com Calendula e Tea Tree Oil (bem diluído) 

Objetivo: reduzir carga microbiana sem antibióticos

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🔸 Casos clínicos ilustrativos

Caso 1: Cão com dermatite de contato crônica em região abdominal tratada com pomada de Calendula + Urtica oral, com melhora completa em 15 dias. 


Caso 2: Gato com alopecia por lambedura, ansioso, que respondeu bem à Chamomilla em banho e ao uso interno de Passiflora para suporte emocional. 


Caso 3: Filhote com lesão cicatricial pós cirurgia tratado com Aloe vera e compressas mornas de infusão fitoterápica.

🔸 Erros comuns e como evitá-los

❌ Usar óleos essenciais puros diretamente na pele (risco de irritação) 

❌ Aplicar extratos alcoólicos em feridas abertas sem diluição 

❌ Prescrever sem avaliar espécie e sensibilidade cutânea 

✅ Testar sempre em pequena área, começar com diluições leves e orientar o tutor cuidadosamente

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🔹 Conclusão

A fitoterapia dermatológica é uma ferramenta poderosa, especialmente quando aliada a uma boa anamnese, higiene local e acompanhamento clínico.


Veterinários que dominam as plantas medicinais para pele e pelagem conseguem controlar sintomas, promover recuperação mais rápida e oferecer alternativas com menor risco de efeitos colaterais.

👉 Continue acompanhando o blog para mais conteúdos sobre aplicação prática da fitoterapia em diferentes áreas da clínica veterinária.

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