A Procaína e seus Efeitos Terapêuticos na Medicina Veterinária
- Inaê Regatieri
- 9 de set.
- 2 min de leitura
A procaína é o principal recurso utilizado na Terapia Neural. Embora seja conhecida historicamente como anestésico local, suas propriedades vão muito além do efeito anestésico.
Nos últimos anos, seu uso em microdoses na medicina veterinária tem revelado resultados clínicos surpreendentes, com benefícios diretos para o equilíbrio e a autorregulação do organismo.
História da Procaína
Descoberta por Einhorn e patenteada pelos laboratórios Pfizer, a procaína foi utilizada durante décadas como anestésico local seguro e de alta compatibilidade tecidual. Já em 1905, estudos clínicos mostravam sua relação com o metabolismo cerebral e seus efeitos além da anestesia.
Como a Procaína atua no organismo
Após sua aplicação, a procaína se degrada em poucos minutos em PABA (ácido para-aminobenzóico) e DEAE (dietilaminoetanol):
O PABA auxilia na produção de proteínas metabolizantes, vitaminas do complexo B e ácido fólico, além de estimular a microbiota intestinal.
O DEAE atua como estimulador mental, otimizando neurotransmissores e favorecendo o equilíbrio cerebral.

Esses efeitos resultam em melhora da circulação tecidual, estímulo à produção de fosfatidilcolina e regeneração celular.
Efeitos neuralterapêuticos da Procaína
Quando aplicada em baixas concentrações em pontos específicos, a procaína promove:
Repolarização celular – células debilitadas recuperam o potencial de membrana, normalizando funções.
Efeitos antiadrenérgicos e anti-histamínicos – modulando estresse e respostas inflamatórias.
Ação anti-inflamatória e analgésica – aliviando dor aguda e crônica.
Efeito vasodilatador – melhora da microcirculação.
Eliminação de resíduos metabólicos – desagregando complexos inflamatórios no sistema básico.

Essas propriedades tornam a procaína uma ferramenta terapêutica única, atuando sobre processos regulatórios que a medicina ortodoxa muitas vezes não aborda.
Aplicações práticas na Veterinária
A procaína pode ser usada em diferentes contextos:
Dor crônica – restabelecendo equilíbrio em pacientes que não respondem a analgésicos convencionais.
Inflamações persistentes – modulando o sistema nervoso e regulando respostas exageradas.
Campos de interferência – neutralizando cicatrizes, áreas de trauma e pontos de bloqueio.
Distúrbios funcionais – quando há sintomas de origem neural, como alterações gastrointestinais, respiratórias ou musculares.

O resultado é a possibilidade de restaurar o equilíbrio de forma rápida e segura, respeitando a singularidade de cada paciente.
Conclusão
A procaína, utilizada de forma adequada na Terapia Neural, é muito mais do que um anestésico local. Ela atua como reguladora celular, moduladora do sistema nervoso e facilitadora da autorregulação do organismo. Para o médico veterinário, dominar sua aplicação significa contar com uma ferramenta eficaz e integrativa para tratar não apenas sintomas, mas as causas reais das doenças.
Continue acompanhando nosso blog para mais conteúdo de Medicina Veterinária Integrativa e acesse nosso site para conhecer nossos cursos: www.areavetacademy.com.br



Comentários